sábado, 23 de outubro de 2010

EIXO VI

Visitando as interdisciplinas do eixo VI, uma das atividades que realizei pela interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob Enfoque da Psicologia II, me chamou bastante atenção, tratando-se de uma analise realizada sobre a concepção que tenho em relação ao conhecimento, de como ocorre à aprendizagem e de como deveria ser o ensino na escola onde na qual refleti e pude considerar que fazem parte da concepção da epistemologia da teoria da Pedagogia relacional porque contempla inúmeras características apontadas no texto de Fernando Becker, intitulado “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos”.

Perante as concepções, o conhecimento para mim é o resultado da interação entre a criança e a realidade que o cerca. É uma construção, primeiramente individual, e posteriormente compartilhada de experiências, de pesquisas, de troca de informações, enfim.

Segundo Fernando Becker:

[...] “Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade” (Inhelder ET AL. 1977, p.263); por tanto, aprendizagem é, por excelência, construção; ação e tomada de consciência da coordenação das ações. Professor e aluno determinam-se mutuamente. (Becker, p.24, 2001)

Neste sentido, a aprendizagem ocorre quando a criança consegue assimilar os conhecimentos adquiridos e passa a vivenciar o que aprendeu, sejam através de palavras, desenhos...Para que isso ocorra é preciso que haja por parte do professor, motivação, interesse e que saiba despertar em seus alunos a curiosidade e a busca pelo saber.

Em relação ao ensino nas escolas, o mesmo deve partir da realidade do aluno, para que ele possa construir o seu conhecimento, e que saiba respeitar o tempo próprio de cada aluno em assimilar conceitos e conteúdos dentro das suas potencialidades.

Contudo, perante as distintas concepções e epistemologias apresentadas no texto de Fernando Becker, considero que a proposta pedagógica almejada por mim seria atuar fielmente dentro de uma Pedagogia Relacional, porém, sei que há muito que se progredir em nossas praticas docentes para que tenhamos êxitos mais significativos.

A interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais me fez refletir muito a cerca do texto: Conhecendo o aluno com deficiência física das autoras Rita Bersch e Rosangela Machado, onde Piaget afirma que a inteligência se constrói mediante a troca entre o organismo e o meio, mecanismo pelo qual se dá a formação das estruturas cognitivas. O organismo com sua bagagem hereditária, em contato com o meio, perturba-se, desequilibra-se e, para superar esse desequilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas.
Entretanto, considero que o aluno portador de deficiência tem o direito a se desenvolver a um ambiente rico de estímulos, que talvez a inclusão tão discutida no contexto escolar poderá vir a propiciar a estes alunos em discussão.
O que posso perceber através do texto e de algumas reflexões é que o meio assume um papel de muita importância no desenvolvimento de um indivíduo, e levando esta consideração ao contexto escolar tenho plena convicção de que a sala de aula poderá ser um rico ambiente de estímulos para os envolvidos, embora saibamos que o processo de inclusão vai além dessas considerações.

A interdisciplina de Filosofia da Educação me possibilitou inúmeros conhecimentos, onde a partir do texto “Educação após Auschwitz” de Theodor Adorno, me vez ver a real importância da educação para a construção de cidadania, onde o sujeito precisa desenvolver-se tendo como base a família e a escola.

No entanto, considero que a escola se constitui um rico espaço de construções, pois por meio dela trabalhamos com valores indispensáveis ao ser humano, entre eles respeito, tolerância, enfim. Uma educação voltada para a constituição dos indivíduos, que não visam somente a “transmissão de conhecimentos” valoriza o social dos envolvidos bem como a sua cultura.

A crescente banalização do mal, como crimes, preconceitos, discriminação, autoritarismo e outros atenuantes se devem em parte a educação negligente, prepotente, que prepara os indivíduos para a concorrência do mercado de trabalho, considerando os envolvidos produtos e não pessoas.

Neste sentido é que percebo o quão importante se faz educar em prol da civilização, para que nossos alunos possam distinguir o que é tolerável ou não perante nossa sociedade.

Muitas barbáries ocorrem no dia a dia, até mesmo no contexto da escola através de atitudes intoleráveis, agressões físicas e verbais, preconceito, individualismo acentuado, desrespeito aos outros, enfim, nos remetendo a Auschwitz.

Perante esta realidade considero que a educação como um todo deve rever seus objetivos para que se possam evitar a repetição de Auschwitz, e para isto devemos educar através da conscientização, do esclarecimento e da crítica.

De modo geral, todas as interdisciplinas do eixo VI tiveram contribuições importantes e foram de fundamental importância para minha formação docente, onde possibilitou-me inúmeros conhecimentos e conseqüentemente estar mais preparada para o Trabalho de Conclusão do Curso.

Abraços!


Um comentário:

Roberta disse...

Josiana!!

Fizeste uma boa visita a esse eixo trazendo elementos importantes que te levaram a reflexão. Esse é um importante exercício de escrita.

Abraços
Roberta