Destaco aqui a interdisciplina de Ludicidade e Educação que vem de encontro ao meu TCC no sentido de que trará contribuições importantíssimas para o mesmo.
Realizando a leitura do texto "Sala de aula é lugar de brincar?" de Tânea Ramos Fortuna, onde se trata de diversos conceitos entre os estudiosos das questões que norteiam jogo, brincadeira e o brincar. Entre distintos conceitos Kishimoto afirma que o brinquedo não pode ser reduzido a pluralidade dos sentidos do jogo, pois conota a criança e tem uma dimensão, material, cultural, e técnica. E ainda, afirma que o suporte da brincadeira, que por sua vez é o lúdico em ação, a ação em que a criança desempenha ao caracterizar as regras do jogo.
O texto relata como o jogo, o brinquedo e a brincadeira estão presentes nas escolas e como são vistos pelos educadores possibilitando-nos a repensar a nossa prática pedagógica, de maneira que a ludicidade, seja revista e dialogada.
É pena que os professores saibam da importância do jogo para o desenvolvimento humano, mas muitos deles não se convencem da sua relevância para a aprendizagem. Outra questão muito presente nas escolas é que há uma tendência a distinguir o estudar do brincar, neste sentido alguns professores determinam pequenos espaços e tempos para que a criança possa brincar ou jogar desenvolvendo a sua ludicidade.
Em minha prática de estágio, o brincar encontrava-se presente nas várias ações realizadas ao longo do dia, considerando o ato de brincar como forma de desenvolver a criatividade e a sociabilidade, oportunizando a criança a novas experiências e descobertas, atribuindo as ações como forma de aprendizagem, levando em consideração que a criança reproduz na brincadeira a sua própria vida. É através dela que constrói o real, delimita os limites frente ao meio e o outro e sente prazer em poder atuar em diversas situações criadas por ela.
Ao sermos conhecedores de que a brincadeira é o verdadeiro impulso da criatividade e que não existe adulto criativo sem crianças que brinque, precisamos conscientizar-nos, enquanto educadores, de que precisamos instrumentalizar nossas crianças para que se tornem adultos felizes, desenvolvendo neles qualidades como a generosidade, a compreensão, a honestidade, a sinceridade e a auto-realização.
Contudo, hoje em minha prática diária defendo o brincar na sala de aula e dou à devida importância a mesma.
Trabalho em uma instituição de educação especial onde a ludicidade assume diferentes abordagens, pois o brincar passa a ser pedagógico, terapêutico, clinico e principalmente fundamental no desenvolvimento humano e cognitivo entre os envolvidos. Trabalho com ludoterapia, ou seja, desenvolvo atendimento aos portadores com necessidades especiais em um espaço composto por inúmeros brinquedos, que através deles, de jogos e brincadeiras faz-se possível à superação de limites, e da própria construção destes como sujeitos.
Reflito quanto a minha pratica e tenho a convicção de que devemos ser educadores capazes de brincar para assim podermos propiciar momentos lúdicos para nossos alunos.
Nesta perspectiva e através do texto concluo que a ludicidade deve estar presente em nossas salas de aula e que depende da postura que assumimos para que a ludicidade de fato aconteça e de forma integral.
Abraços!!!