terça-feira, 10 de novembro de 2009

Temas Geradores



Para Paulo Freire e Frei Betto, a escola deve estar baseada na política da dialogicidade, troca de saberes, participação e criticidade, onde seu papel principal é o de levar o aluno a ter uma visão crítica do mundo, para que não venham mais a servir de “massa de manobra” para os interesses dos grandes opressores. Baseados nessa visão defendem o Tema Gerador como grande aliado, pois dele surge o intuito de investigação do próprio aluno, ou seja, a partir de seus interesses e curiosidades buscar o que quer e o que tem necessidade de aprender. Com esse processo o aluno deixa de ser apenas um receptor de conteúdos e passa a ser o agente do processo ensino-aprendizagem, surgindo assim, uma educação diferente das que são praticadas (atualmente) em boa parte das escolas, a educação bancária.

O Tema Gerador tem como aliado principal o conhecimento prévio que o aluno tem, a bagagem cultural que adquiriu ao longo dos tempos, levando em consideração o ambiente social em que ele está inserido. Contudo, é levada em consideração a busca de soluções para problemas bem presentes.

Outro grande aliado do tema gerador é a conscientização do aluno sobre o seu real papel dentro da sociedade, como indivíduo capaz de agir e interagir, questionar e lutar por seus direitos.

O fator mais importante é o despertar de uma nova forma de relação com a experiência de vida de cada aluno e não a transmissão de conhecimentos específicos. O ideal para o processo de construção do conhecimento na extração dos conteúdos é, antes de qualquer coisa, conhecer a realidade do aluno a fim de conhecê-lo enquanto indivíduo inserido num determinado contexto social, sendo essa a fonte de onde deveremos explorar nosso material de trabalho. Sem ela estaremos reproduzindo o velho modelo escolar que comprovadamente já se mostrou como o maior obstáculo à aprendizagem, muito mais do que o próprio conteúdo. Dessa forma a participação do aluno em conjunto com as buscas do professor será imprescindível à sua alfabetização, o que tornará mais interessante o seu processo.

Por meio dos temas geradores a alfabetização se torna um exercício de diálogo, dirigido de forma democrática que viabiliza ao aluno conhecer e posicionar-se frente aos problemas sociais.

domingo, 18 de outubro de 2009

LIBRAS




No inicio da semana eu e minha colega Patrícia Lippert traduzimos um pequeno vídeo que envolvia um diálogo entre três pessoas conversando através da língua dos sinais, atividade esta proposta pela interdisciplina de LIBRAS.

Como foi difícil!!! Quem não conhece a linguagem pensa que é fácil. Tivemos dificuldade em conseguir interpretar alguns sinais. Iniciamos o trabalho congelando cada sinal do vídeo e consecutivamente buscávamos o significado nos dicionários indicados pela professora.

Durante a realização desta atividade tive vários sentimentos como: ansiedade, impotência e medo do desconhecido, pois nunca havia passado por uma situação tão desafiadora como essa. Ao mesmo tempo comecei a me colocar no lugar das pessoas portadoras de deficiência auditiva, como vivemos em um mundo completamente sonoro, para eles deve ser muito complicado se deparar com algumas situações, pois são poucas as pessoas que dominam a língua dos sinais.

Para interagir com pessoas surdas acredito ser importante conhecer o mínimo da linguagem de sinais. O ideal seria que todos nós aprendêssemos LIBRAS desde pequenos, pois a inclusão das pessoas surdas seria muito maior.

Abraços!

sábado, 17 de outubro de 2009

As crianças e suas histórias...





As histórias que as crianças contam são um dos elementos mais importantes para o seu desenvolvimento cognitivo e afetivo.

A criança quando narra uma história está trazendo a tona um universo de experiências acumuladas em situações diárias, bem como misturando fantasia e realidade, de maneira a construir sua própria maneira de lidar com as coisas. Como é a linguagem que organiza o pensamento, é essa narrativa que vai contribuir para que a criança compreenda o mundo em que vive e para que elabore os seus sentimentos.

Para que a criança desenvolva suas habilidades em narrar fatos, contar historias, ela precisa estar exposta a todos os tipos de vivencias. E é na escola que ela começa criar hipóteses, a construir suas narrativas de forma mais sistemática, valorizando os aspectos necessários para que seja compreendida.

Quanto a nós profissionais da educação, cabe planejar a prática de maneira a favorecer o desenvolvimento de habilidades, no intuito de melhorar à produção de narrativas por parte dos nossos alunos, ou seja, oferecer subsídios para que melhore sua oralidade ao contar suas histórias.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Educação de jovens e adultos



Na interdisciplina de EJA, algo que me chamou a atenção após a realização do texto de Regina Hara foi uma citação em que ela diz que: “os adultos das camadas populares frente às adversidades que a vida impõe o quesito educação tem peso menor visto que a saúde, sobrevivência, trabalho,... tem maior importância do que a escolaridade”.

Os jovens e adultos procuram a escola, inicialmente, motivados pela expectativa de conseguir um emprego melhor, ou então são levados pelo desejo de elevação da auto-estima, da independência e da melhoria de vida pessoal. Embora nem sempre estes anseios resultem na sua conquista, pois na maioria das vezes são obrigados a abandonar a escola pela dificuldade de conciliar os estudos com uma jornada de trabalho sobrecarregada. Atender a parcela da população cuja experiência na educação regular foi negada ou frustrada por sucessivas reprovações e evasões, o processo de escolarização de jovens e adultos deve representar uma contribuição para o resgate da dignidade e para construção da cidadania crítica e participativa.

Quanto aos professores que trabalham com alfabetização de adultos, muitos profissionais têm de se dar conta que esse ensino não poderá acontecer de forma mecânica num simplório ato de juntar letras ou mesmo formar frases. Esses profissionais precisam estar preparados para um desenvolvimento crítico da leitura de mundo onde a emancipação se dará e as transformações sociais ocorrerão.

Abraços a todos!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Modelos de Letramento

Após a realização da leitura do texto “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006), e do estudo da apresentação em power point percebi que para a escola segundo a autora o mais importante é o letramento escolar, onde o indivíduo passa pelo processo de aquisição de códigos lingüísticos, deixando de lado o letramento social em função de que, a escola foi concebida a direcionar-se exclusivamente o seu trabalho para que o indivíduo aprenda a ler e escrever.

O texto nos mostra que mesmo antes das crianças entrarem para a escola elas já são letradas, a tecnologia e as pessoas na qual convivem participam deste processo evolutivo, seja por meio da TV, revistas, músicas, ouvir histórias, rótulos e embalagens, enfim.

O processo de letramento inicia-se bem antes da alfabetização, já que nasce numa sociedade letrada, rodeada de materiais escritos e de pessoas que usam a leitura e a escrita. As crianças desde cedo, vão conhecendo e reconhecendo práticas da leitura e da escrita. Neste processo vão se apropriando deste sistema, diferenciando-o de outros sistemas gráficos, descobrindo o sistema alfabético e o ortográfico. Quando chega a escola, cabe a educação formal orientar metodicamente esses processos, e nesse sentido a educação infantil é apenas o momento inicial dessa orientação.

Este individuo já vem com uma bagagem enorme, em termos de conhecimento de mundo e a escola deve estar apta para recebê-lo, levando em consideração o letramento tanto social como cultural deste aluno para a partir daí levá-lo de fato ao letramento escolar.

Abraços!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

EIXO VII


Mais um semestre se iniciou e com ele novas aprendizagens e crescimento em várias áreas de minha vida. O que parecia tão distante, torna-se a cada dia uma realidade.

O tempo passa rápido demais, lembro quando iniciamos quantos dias de alegrias, angústias, vontade de desistir, choro, mas sempre com uma certeza preciso seguir em frente e superar os obstáculos.

Certamente novos desafios, novas certezas e incertezas, mas muitas novidades e aprendizagens haveremos de construir juntos...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Educação Especial


A Interdisciplina de Educação Especial nos proporcionou o texto: Políticas de melhoria da escola pública para todos: tensões atuais, de Rosângela Gaviolli Prieto onde nos coloca que “A tão almejada qualidade de ensino para que todos os alunos tenham direito a educação e requer investimento em ações e medidas...”, ou seja, além de leis que garantam a inclusão desejada também faz-se necessária recursos materiais e humanos, amplo investimento na formação de professores, investimento em ações e medidas, remoção de barreiras, isto significa que a proposta de atendimento aos alunos com necessidade educacionais especiais é algo a ser bastante discutido, refletido e que passe para o campo da atuação.A sala de recurso ou apoio é um espaço de grande importância, pois auxilia o trabalho do professor quando objetiva contribuir para sanar as necessidades educativas especiais do contexto em discussão.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Estádios do Desenvolvimento

A partir da leitura do texto “Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento” foi possível evidenciar os quatro estádios do desenvolvimento de Jean Piaget onde constatei que meu aluno A. de 11 anos se encontra no estádio PRÉ-OPERATÓRIO. Apesar de a idade estar acima da estimada pelo estágio mencionado o aluno se caracteriza por apresentar noções de irreversibilidade, realizar brincadeiras individualizadas, e não ser capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema, exemplo: em um assunto específico ele insiste em fazer prevalecer a sua própria idéia e não a do outro.Esta realidade apresentada comprova que a idade cronológica por si só não define o estádio de desenvolvimento da criança, mas sim suas aquisições até o presente momento.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Clube do Imperador


A Interdisciplina de Filosofia da Educação nos propiciou a análise do filme O Clube do Imperador que nos leva a reflexões pertinentes quanto ao papel de educador onde o mesmo passa por situações de conflitos que envolvem princípios morais como respeito, ética, justiça, caráter, enfim.
Esta é uma realidade da prática docente, pois no dia a dia presenciamos inúmeros conflitos, muitos deles originados pela falta de princípios morais, negligenciados pela família e também pela sociedade.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

MOSAICO


Esta é a primeira postagem de uma atividade do semestre realizada em sala de aula que publico em meu Portifólio de Aprendizagens.
No entanto fiquei muito ansiosa para realizar a atividade do mosaico, o que me fez parar para pensar em algumas coisas referentes ao tipo de metodologia que utilizo ao trabalhar determinados assuntos com meus alunos.
Realizei a atividade sobre DIVERSIDADE CULTURAL com a turma do EJA I da Escola de Educação Especial João de Barro, APAE de Três Cachoeiras onde trabalho. Iniciei a aula falando sobre os diferentes povos que habitaram o Brasil, após a conversa elaboramos um mosaico utilizando as fotos trazidas pelos alunos, onde cada um contribuiu relatando as diferenças existentes entre as pessoas e também conversamos a respeito das diferentes raças e etnias que compõe o nosso município. Em seguida construíram sua família por meio de desenhos e recortes onde fizeram uma exposição na sala de aula juntamente com o mosaico. A pedido dos alunos, os
mesmos ilustraram as diferenças (pessoas brancas, negras, japonesas...).Foi um trabalho muito rico, partindo do interesse deles na busca de novos conhecimentos a cerca da diversidade étnico-racial existente em nosso meio.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Projetos de Aprendizagens

A partir deste novo semestre na Interdisciplina de Seminário Integrador VI, voltamos a analisar os PA’s.
Este projeto para mim foi muito gratificante, através das pesquisas, leituras, entrevistas, trocas de idéias adquiri novos conhecimentos que até então desconhecia, pois tinha contato apenas com projetos de pesquisas estas sugeridas pelos professores com passos definidos previamente e a avaliação considera apenas o produto final.
Já os projetos de Aprendizagens partem do interesse dos alunos, não há uma previsão dos passos a serem percorridos, na avaliação é considerado todo o processo de desenvolvimento que esta proposta venha propiciar, enfim.
O trabalho com projetos de Aprendizagens permite infinitos desdobramentos, muitas trocas e interações entre alunos e professores sendo considerado uma rica metodologia pedagógica.
Está sendo muito importante participar desta nova aprendizagem com os PA’s.